domingo, 17 de julho de 2016

Às vezes sinto que desmorono
E viro resto de algo que não sei
Um tempo de sonho que não foi
O tempo daquilo que deveria ser
Fecho meus olhos pra ver melhor
E a tempestade se anuncia
Nuvens vêm, nuvens vão
A paz, não
Alguns gritos ecoam
São minhas certezas na contramão
Vias opostas sem final
Enquanto o sonho vai virando desimportância
A gente cansa e para de sonhar
Ainda que haja um céu bonito
Brilhando pra enfeitar os dias e noites
Tenho asas que não podem envelhecer
Bom seria dar um basta no tempo e suas impossibilidades
Tão concretas
E nessa noite que já parece antiga
Enquanto o sono não vem
Tento sonhar com aquilo que poderá ser
E viro resto de algo que não sei
Nem quero saber...

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